sexta-feira, 15 de junho de 2012

NOVOS AVANÇOS COM AS CÉLULAS-TROCO

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas através da injeção de DNA em uma célula da pele em um óvulo não fertilizado.
Para dar esse passo importante na investigação em células-tronco, os cientistas usaram uma técnica de clonagem semelhante à usada para clonar a ovelha Dolly.
Este trabalho demonstra pela primeira vez que o óvulo humano tem a capacidade de transformar uma célula especializada em uma célula-tronco.
O objetivo da pesquisa foi criar células-tronco embrionárias específicas para cada paciente com o DNA deles, para o eventual uso de reposição celular. Curar doenças como diabetes e Parkinson foi a motivação para o estudo.
Os pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas. Elas não são perfeitas, e embora tenham cromossomos demais – 69 ao invés dos 46 habituais -, são adequadas para fins de pesquisa, não para tratamentos atuais.
No passado, os esforços para criar células-tronco usando clonagem significavam tomar um óvulo não fertilizado, remover o núcleo com seus 23 cromossomos, substituí-lo com o núcleo de uma célula da pele (que tem 46 cromossomos) e colocar o óvulo em um banho químico para que ele fizesse a divisão como se tivesse sido fertilizado por um espermatozóide.
Através de um processo de eliminação, os pesquisadores determinaram que era a remoção do genoma do óvulo, não a introdução de um novo DNA ou a divisão celular, que estava impedindo o óvulo de se desenvolver o suficiente para que as células-tronco pudessem ser extraídas. Foram necessários 63 óvulos para desenvolver duas linhas de células, das quais uma era viável.
Agora, o desafio é descobrir como remover os cromossomos do óvulo, sem remover as máquinas ou fuso, que ajuda na divisão do ovo.
O primeiro avanço importante nas pesquisas com células-tronco embrionárias humanas se deu em 1998, quando Jamie Thomson extraiu as primeiras células de um embrião humano.
Em 2007, pesquisadores no Japão e nos EUA relataram a criação de células-tronco, mas ignorando completamente os óvulos e reprogramando as células da pele diretamente na divisão.
Essas células são chamadas células-tronco pluripotentes induzidas ou células iPS. Desde então, os pesquisadores descobriram que essas células têm algumas limitações também. Enquanto alguns opositores de pesquisas embrionárias acreditam que os avanços na “menos polêmica” célula-tronco eliminam a necessidade de pesquisas com células embrionárias, a maioria dos especialistas na área acredita que todos os caminhos de pesquisa precisam ser explorados para, eventualmente, encontrar o tratamento certo para a doença certa.
O próximo passo é descobrir como fazer células-tronco embrionárias sem o excesso de cromossomos. Então os pesquisadores poderão começar a compará-las com células iPS e determinar o quão diferentes ou semelhantes elas realmente são.

Fonte: HypeScience

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