sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Corais enviam 'aviso químico' para peixes devorarem algas tóxicas

Cientistas descobriram que uma espécie de coral envia "avisos químicos" para peixes para que eles devorem algas tóxicas, que causam danos a barreiras de corais e podem ameaçar a espécie. A pesquisa, realizada pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, foi publicada no site da revista "Science" nesta quinta-feira (8).
O crescimento excessivo de certos tipos de algas é um problema para os corais e ocorre devido a várias situações, como a diminuição da população de peixes no mar e as mudanças climáticas, afirmam os cientistas.
    Peixe da espécie 'Gobiodon histro' se aproxima de alga tóxica em região de corais (Foto: Divulgação/Danielle Dixson/'Science')
    Peixe da espécie 'Gobiodon histrio' se aproxima de alga tóxica em região de corais (Foto: Divulgação/Danielle Dixson/'Science')
Liberando substâncias químicas na água, os corais da espécie Acropora nasuta "recrutam" peixes de duas espécies (Gobiodon histrio e Paragobiodon enchinocephalus) que estejam próximos para que eles devorem as algas. Isso reduz danos que poderiam ocorrer às barreiras de corais, segundo a pesquisa.
A liberação da substância ocorre quando as algas entram em contato com os corais, aponta o estudo. A "contrapartida" é que os peixes tornam-se mais tóxicos, o que os ajuda a evitar ataques de predadores.
A relação é considerada mutualística e parecida com a que existe entre formigas e árvores acácias, afirmam os pesquisadores.

 

Pesquisadores descobrem nova espécie de dinossauro no Canadá

 

Pesquisadores do Canadá descobriram uma nova espécie de dinossauro com chifes, "parente" do triceratops, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (8).
Batizado de Xenoceratops foremostensis, o animal possuía 6 metros de comprimento aproximadamente e pesava mais de 2 toneladas, de acordo com os cientistas. Ele seria herbívoro e teria chifres em posição incomum.
O réptil pré-histórico viveu há cerca de 80 milhões de anos na região de Alberta, no Canadá, segundo o estudo. Ele foi identificado a partir de fragmentos de crânios de três espécimes de dinossauros que haviam sido coletados na década de 1950 e que passaram despercebidos, não tendo sido estudados anteriormente.

Ilustração mostra como seria o 'Xenoceratops foremostensis', dinossauro herbívoro descoberto no Canadá (Foto: Divulgação/Julius Csotonyi/"Canadian Journal of Earth Sciences")
Ilustração mostra como seria o 'Xenoceratops foremostensis', dinossauro herbívoro descoberto no Canadá (Foto: Divulgação/Julius Csotonyi/'Canadian Journal of Earth Sciences')

 Os fragmentos estavam guardados no Museu Canadense da Natureza, em Ottawa, e foram encontrados pelos pesquisadores Michael Ryan, do Museu de História Natural de Cleveland, nos EUA, e por David Evans, professor da Universidade de Toronto.
"Esta descoberta de uma espécie de dinossauro antes desconhecida mostra a importância de ter acesso às coleções de materiais científicos", disse o paleontólogo do Museu Canadense da Natureza Kieran Shepherd, um dos co-autores da pesquisa, para o site da instituição.
A pesquisa foi publicada no periódico "Canadian Journal of Earth Sciences" nesta quinta-feira (8).

 Fonte: g1.globo.com

Novo planeta 'vizinho' fica em região que poderia abrigar vida, diz estudo


Um novo planeta localizado na "vizinhança" da Terra, a 42 anos-luz, poderia ter o clima e a atmosfera parecidos com os nossos e ser capaz de abrigar vida, aponta um estudo feito por astrônomos das universidades de Hertfordshire, na Inglaterra, e Goettingen, na Alemanha.
Essa "super-Terra", denominada HD 40307g, fica em um sistema de seis planetas e orbita a chamada zona habitável, distância da estrela principal onde a água, se estiver presente, pode ser encontrada em estado líquido.

Superterra planeta (Foto: J. Pinfield/University of Hertfordshire)
Concepção artística mostra 'super-Terra' à esquerda, orbitando a estrela (mais brilhante) e outros 2 planetas do sistema. Ainda não se sabem detalhes sobre esse corpo (Foto: J. Pinfield/Universidade de Hertfordshire)

Anteriormente, os cientistas acreditavam que esse sistema reunia apenas três planetas em volta do astro anão HD 40307, mas uma nova análise de dados permitiu detectar outros três corpos, incluindo o HD 40307g – que tem pelo menos sete vezes o tamanho da Terra, um ano de 197,8 dias e está longe de sua estrela a uma distância de 90 milhões de quilômetros. Nosso planeta, por exemplo, está a cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol.
Segundo a equipe coordenada pelos pesquisadores Mikko Tuomi, de Hertfordshire, e Guillem Anglada-Escude, de Goettingen, assim como a Terra, o novo planeta também poderia ter um movimento de rotação sobre o próprio eixo, o que criaria um efeito de dia e noite semelhante ao nosso.
Segundo os cientistas, sistemas como esse serão alvo da próxima geração de supertelescópios, tanto espaciais quanto terrestres.
No fim do ano passado, a sonda espacial Kepler, da Nasa, descobriu um planeta com órbita parecida com a da Terra, chamado de Kepler 22b. Só que esse corpo fica muito distante, a 600 anos anos-luz daqui.

Fonte: g1.globo.com
O que fazer quando encontrar um animal silvestre em perimetro urbano?

Hoje sexta feira 09/11 quando estava voltando do trabalho, me deparei com um grupo de crianças tirando fotos em um jardim de uma casa, quando eu fui ver tinha uma tatu (Dasypus novemcinctus) mais conhecido como tatu galinha, ele estava muito assustado com a quantidade de pessoas ao seu redor.
Logo depois, ele foi removido do local onde estava e levado ate seu habitat, eu mesmo o levei com a autorização do corpo de bombeiros.

Agora se fosse com voce, o que faria? 

Bem, aqui vão algumas dicas do que fazer quando nos depararmos com uma situação dessa.

Entre em contato com a prefeitura do município e peça ajuda à Secretaria de Meio Ambiente ou ao departamento responsável pela Vigilância Sanitária. O trabalho de ajuda e socorro ao animal, seja ele de qualquer espécie, deve sempre ser feito por veterinários ou funcionários de entidades de proteção animal, pois uma pessoa despreparada pode machucar ainda mais o bichinho (caso ele se encontre ferido).
Os animais silvestres também são protegidos pela Lei Federal nº. 9.605 de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), e notificações podem ser feitas à Polícia Florestal (onde houver) e ao IBAMA, através da "Linha Verde": 0800-618080 (ligação gratuita).
Em caso de animais venenosos procure manter distancia para não ser atacado pelo mesmo.
Tambem pode ligar para o Corpo de Bombeiros, eles tambem tem treinamentos para esse tipo de situação (193).
Os animais silvestres também podém causar acidentes de transito quando se assustam e fogem pelas ruas.
Alguns podem transmitir certos tipos de doenças no caso capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) que carrega o carrapato - estrela (Amblyomma cajennense) transmissor da Febre Maculosa.
 
"Bom e isso, eu achei interessante fazer esse post  pois esses tipos de coisas podem acontecer com qualquer um, pois nao existe mais um limite fixo entre área verde e área urbana. Sendo assim é bom termos uma pequena noção do que fazer quando se deparar com um animal silvestre fora de seu habitat."
 
 


sábado, 3 de novembro de 2012


Curiosity analisa atmosfera de Marte pela primeira vez.

 

Depois de colher e analisar amostras de rochas e do solo de Marte, o jipe-robô Curiosity concluiu nesta sexta-feira (2) seus primeiros estudos sobre a atmosfera do planeta. A missão da Nasa foi enviada para descobrir se, em algum momento de sua história, Marte já teve condições de abrigar vida.
Os teóricos acreditam que, no passado, o planeta tenha tido uma composição diferente, com água e com uma atmosfera bem mais espessa. Hoje, Marte tem uma atmosfera cem vezes mais fina que a da Terra.
Segundo a Nasa, os dados obtidos pelo Curiosity devem ajudar a explicar como o planeta perdeu boa parte de sua atmosfera. Os primeiros resultados mostram que os átomos de carbono são mais pesados do que eram na composição original – segundo estimativa dos cientistas.
Em 2014, uma nova missão da Nasa, chamada Maven, chegará ao planeta para avaliar especificamente a atmosfera. Até lá, a agência espacial americana usará nesses estudos o Curiosity, que já conta com aparelhos mais precisos que os de seus antecessores para essas avaliações.
Além de analisar o carbono, o laboratório de estudo atmosférico do Curiosity também procura gás metano no planeta. Os cientistas consideram essa substância um precursor químico para o surgimento da vida. Os primeiros resultados mostram que, se esse gás existir na atmosfera marciana, está em uma concentração muito baixa.

Aparelho analisa atmosfera de Marte com raios lase (Foto: NASA/JPL-Caltech) 
Aparelho analisa atmosfera de Marte com raios laser (Foto: NASA/JPL-Caltech)
 

Nova análise mostra semelhança entre solos de Marte e do Havaí

Solo de onde o Curiosity retirou a amostra analisada (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Solo de onde o Curiosity retirou a amostra
analisada (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
A Nasa divulgou nesta terça-feira (30) os resultados de uma análise feita pelo jipe-robô Curiosity, que mostra que o solo marciano tem uma composição similar à dos solos de origem vulcânica do Havaí, arquipélago no Pacífico que é também um estado norte-americano.
Esta não é a primeira semelhança que o Curiosity encontra entre os objetos dos dois locais. Na primeira quinzena do mês, a agência espacial norte-americana divulgou que a pedra “Jake Matijevic”, encontrada no planeta vermelho, era semelhante a rochas basálticas havaianas.
A identificação da composição das rochas e do solo de Marte é uma parte importante da missão do Curiosity. O veículo foi projetado para tentar descobrir se, algum dia, o planeta já teve as condições necessárias para abrigar vida. Conhecendo os minerais com precisão, é possível descobrir como eles se formaram.
  A análise do solo marciano foi feita por um instrumento do Curiosity chamado CheMin. Esse instrumento utiliza um método chamado difração de raio-X para identificar a composição do solo. A tecnologia é muito usada na Terra, mas nunca tinha sido aplicada em Marte e, por isso, torna o Curiosity mais eficaz que seus antecessores.
“Muito de Marte está coberto por poeira, e tínhamos uma compreensão incompleta da sua mineralogia”, explicou David Bish, pesquisador da Universidade de Indiana envolvido no projeto.
“Até o momento, os materiais que o Curiosity analisou são consistentes com nossas ideias iniciais sobre os depósitos na Cratera Gale – região do planeta em que o veículo pousou –, registrando uma transição ao longo do tempo de um ambiente úmido para um seco. As rochas antigas, como os conglomerados, sugerem fluxos de água, enquanto os minerais no solo mais jovem são consistentes com um contato limitado com a água”, completou Bish.
Análise gráfica em raio-X da amostra do solo marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/Ames) 
Análise gráfica em raio-X da amostra do solo marciano 
(Foto: NASA/JPL-Caltech/Ames) 
 
 Fonte: http://g1.globo.com

Veneno de cobra age contra câncer de pele, aponta estudo do Butantan

Toxina consegue aumentar em até 70% sobrevida de casos de melanoma.
Teste foi feito com cobaias e deve ser estendido a humanos em dois anos.

Cascavel (Foto: Instituto Butantan/Divulgação)
Cascavel é uma espécie de cobra venenosa natural
das Américas (Foto: Instituto Butantan/Divulgação)

 

Uma toxina encontrada no veneno da cobra cascavel poderia aumentar a sobrevida de casos de câncer de pele em até 70%, segundo um estudo feito com camundongos pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
Segundo a geneticista Irina Kerkis, que coordenou a pesquisa, a grande vantagem da proteína crotamina é que, na dose certa, ela distingue células normais das cancerosas e consegue entrar dentro destas, com um efeito que dura até 24 horas. Isso permitiria que a substância fosse administrada apenas uma vez por dia, reduzindo os efeitos colaterais da quimioterapia.

"A crotamina inibe o crescimento das células alteradas e as mata. Em alguns casos, o câncer praticamente desapareceu", conta a geneticista, que orientou o trabalho do doutorando da Universidade de São Paulo (USP) Alexandre Pereira, na área de biotecnologia.
A toxina retirada dessa espécie de cobra peçonhenta (Crotalus durissus), que tem um chocalho na cauda e é natural do continente americano, vem sendo estudada desde 2004, mas para outras aplicações. Desde 2009, por meio desse estudo, é que os cientistas analisaram seus efeitos contra o câncer.

Crotamina (Foto: Instituto Butantan/Divulgação)
Crotamina dentro de células cancerosas brilha e
detecta doença (Foto: Instituto Butantan/Divulgação)
Primeiro, foram observadas células humanas e animais isoladas, com ação em tumores de mama e pulmão, por exemplo. Na fase seguinte, com 70 camundongos, os autores – que publicaram o estudo no ano passado na revista britânica "Expert Opinion on Investigational Drugs" – viram que a crotamina foi eficiente na contenção de melanoma, um tipo menos comum de câncer de pele, mas extremamente agressivo, pois se espalha rapidamente para outros órgãos.
Segundo Irina, os testes clínicos com seres humanos devem começar em cerca de dois anos, e dentro de cinco é possível ter um novo medicamento contra o melanoma.
"Os fármacos tradicionais usados na quimioterapia têm grande impacto nas células saudáveis, com muitos efeitos colaterais. Já a crotamina é inofensiva para elas. Além disso, é mais facilmente diluída em água, o que facilita a administração injetável", explica.
O estudo deve continuar agora a pesquisar outras formas de aplicação dessa toxina, por meio de uma "bomba" embaixo da pele que solta a substância em pequenas quantidades durante algumas semanas. Assim, o composto não entra na corrente sanguínea, o que minimiza seu impacto no organismo.
Outro benefício, de acordo com Irina, é que a crotamina das cascavéis não tem o efeito emagrecedor visto nos quimioterápicos normais. Nos testes com cobaias, a proteína mostrou que consegue fazer o indivíduo manter o peso.
A geneticista destaca, ainda, que a substância é uma ferramenta biotecnológica poderosa, que pode ajudar também no diagnóstico do câncer. Isso porque, quando entra nas células cancerosas, a crotamina vira um marcador que detecta o crescimento do tumor e casos de metástase.
"Estamos otimistas, mas ainda é uma pesquisa", ressalta a geneticista.
Segundo ela, uma espécie de escorpião também tem veneno com propriedades parecidas às da crotamina, mas ainda não há pesquisas relacionando o composto com tratamento de câncer.